sábado, 5 de dezembro de 2009
Canção "Come a sopa vá lá"
Canção
Come a sopa, vá lá
Quando nós pomos
A sopa à tua frente
Tu torces o nariz
E ficas mandrião
E inventas sempre
Uma desculpa diferente
Para não comeres a sopa
Pela tua própria mão.
Ou porque está fria
Ou porque está quente
Ou porque tens sono
Ou ficas doente
Ou porque tem massa
Ou porque tem grão
Porque tem espinafres
Com puré de feijão.
Come a sopa, vá lá
Come a sopa, vá lá
Come a sopa, vá lá
Faz-te bem…
E ajuda-te a crescer. (Bis)
Come a sopa, vá lá
Com o garfo não dá
Tens de usar uma colher.
Quando te dizemos
Que a sopa te faz bem
Tu, acredita em nós
Pois temos toda a razão
Uma bela sopa
Com tudo o que ela tem
Um dia vais concordar
Dá uma boa refeição
Sopa de cenoura
Batata ou lentilhas
Sopa de nabiça, de arroz
Ou ervilhas
Sopa de tomate, peixe
Ou agrião
Toda a sopa é boa
Com sopinhas de pão.
(Avô Cantigas, Come a sopa, vá lá - adaptado)
Dia Mundial da Alimentação - 16 de Outubro
No dia 16 de Outubro, a nossa escola comemorou o Dia Mundial da Alimentação. Foram expostos trabalhos sobre provérbios relacionados com a alimentação, realizados pelas 4 turmas e ouvimos a história tradicional "O Caldo de Pedra". Depois o frade visitou as salas, afim de recolher os ingredientes necessários para fazer uma boa sopa no recreio da escola. Finalizámos esta comemoração com a canção "Come a sopa, vá lá" do Avô Cantigas, acompanhados pelo Professor Carlos de Expressão Musical. Foi um dia de grande aprendizagem e diversão.
O CALDO DE PEDRA
Um frade andava a pedir; chegou à porta de um lavrador, mas não lhe quiseram aí dar nada. O frade estava a cair com fome, e disse:
– Vou ver se faço um caldinho de pedra. E pegou numa pedra do chão, sacudiu-lhe a terra e pôs-se a olhar para ela para ver se era boa para fazer um caldo. A gente da casa pôs-se a rir do frade e daquela lembrança. Diz o frade:
– Então nunca comeram caldo de pedra? Só lhes digo que é uma coisa muito boa.
Responderam-lhe:
– Sempre queremos ver isso.
Foi o que o frade quis ouvir. Depois de ter lavado a pedra, disse:
– Se me emprestassem aí um pucarinho.
Deram-lhe uma panela de barro. Ele encheu-a de água e deitou-lhe a pedra dentro.
– Agora se me deixassem estar a panelinha aí ao pé das brasas.
Deixaram. Assim que a panela começou a chiar, disse ele:
– Com um bocadinho de unto é que o caldo ficava de primor.
Foram-lhe buscar um pedaço de unto. Ferveu, ferveu, e a gente da casa pasmada para o que via. Diz o frade, provando o caldo:
– Está um bocadinho insosso; bem precisa de uma pedrinha de sal.
Também lhe deram o sal. Temperou, provou, e disse:
-Agora é que com uns olhinhos de couve ficava que os anjos o comeriam.
A dona da casa foi à horta e trouxe-lhe duas couves tenras. O frade limpou-as, e ripou-as com os dedos deitando as folhas na panela.
Quando os olhos já estavam aferventados disse o frade:
– Ai, um naquinho de chouriço é que lhe dava uma graça...
Trouxeram-lhe um pedaço de chouriço; ele botou-o à panela, e enquanto se cozia, tirou do alforge pão, e arranjou-se para comer com vagar. O caldo cheirava que era um regalo. Comeu e lambeu o beiço; depois de despejada a panela ficou a pedra no fundo; a gente da casa, que estava com os olhos nele, perguntou-lhe:
– Ó senhor frade, então a pedra?
Respondeu o frade:
– A pedra lavo-a e levo-a comigo para outra vez.
E assim comeu onde não lhe queriam dar nada.
http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/infantil/teofilo.html#caldo
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